O saldo da dívida direta do Estado recuou 1,6% em fevereiro, face a janeiro, para os 226,521 mil milhões de euros, de acordo com o boletim mensal da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

Esta diminuição, de acordo com o IGCP, “ficou a dever-se, em grande medida, à redução do saldo de OT [Obrigações do Tesouro]”, explicada pela amortização das OT 6,4%, de fevereiro de 2016, no montante de 2,088 milhões de euros.

Também pelo leilão de recompra das OT de 4,35% de outubro de 2017, de 4,45% de junho 2018 e pelas de 4,75% de junho 2019, no valor nominal total de 1,075 mil milhões de euros, bem como por recompras bilaterais de OT 4,2% de outubro de 2016 no valor de 269 milhões de euros, refere a agência no boletim hoje divulgado com dados de 29 de fevereiro.

Por outro lado, verificou-se uma redução significativa do saldo do empréstimo concedido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em resultado do reembolso antecipado de uma parcela deste empréstimo no valor equivalente 1,972 mil milhões de euros.

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Em sentido contrário, evoluiu o saldo de Bilhetes do Tesouro (BT), uma vez que os dois leilões realizados (nos montantes de 300 milhões de euros na linha a três meses de BT de 20 de maio 2016 e 700 milhões de euros na linha a 12 meses BT de 20 jan 2017) mais do que compensaram a amortização antecipada parcial do BT 18 março 2016, no valor de 150 milhões de euros, refere o IGCP.

As flutuações cambiais contribuíram também para um aumento do stock da dívida em 45 milhões de euros.

A dívida após coberturas cambiais situou-se em 224,312 mil milhões (-1,6% face a janeiro), refletindo “o efeito favorável das coberturas cambiais (no valor de 2,208 mil milhões), acrescenta.