Os indicadores de popularidade da Presidente brasileira Dilma Rousseff mostram que 69% da população chumbam o seu Governo, segundo uma sondagem do Ibope divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Dentre os entrevistados, 80% disseram que não confiam na Presidente e 82% desaprovam a forma de governar de Dilma Rousseff, e para 68% dos entrevistados o restante do Governo deverá ser “ruim” ou “péssimo”.

A pesquisa indicou que a popularidade de Dilma Rousseff é baixa inclusive entre seus eleitores, apesar de melhorar comparativamente a uma sondagem efetuada em dezembro de 2015.

Quase metade dos entrevistados que declararam ter votado em Dilma Rousseff na segunda volta das eleições presidenciais de 2014 avaliam que o governo está sendo “ruim” ou “péssimo”, enquanto 20% o avaliam como sendo “ótimo” ou “bom”.

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No geral, a percentagem de brasileiros que avaliam o governo como “regular” caiu ligeiramente de 20% para 19%, enquanto os que consideram a gestão “ótima” ou “boa” subiram um ponto percentual, de 9% para 10%.

Para explicar a impopularidade da Presidente, a pesquisa revelou que a desaprovação é maior quando os entrevistados foram questionados sobre às políticas de impostos (91%) e taxa de juros (90%).

O Governo possui uma aprovação maior nas ações e políticas de combate à fome e à pobreza (29%), meio ambiente (25%) e educação (24%).

Nos últimos meses, o noticiário brasileiro deu amplo destaque às investigações contra o ex-Presidente Lula, manifestações e notícias sobre corrupção. Estes fatores que foram levantados pela pesquisa na análise do índice de desaprovação do Governo.

Para 76% dos entrevistados, as notícias foram mais desfavoráveis ao governo e para 10% foram mais favoráveis.

O tema corrupção foi citado espontaneamente, pelo menos uma vez por 31% dos entrevistados, liderado por menções diretas à operação Lava Jato (13%).

O processo de destituição da Presidente, analisado numa comissão especial da Câmara os Deputados, seja com manifestações contra ou a favor, foi lembrado por 23% dos brasileiros questionados na pesquisa.

Para realizar a sondagem, o Ibope entrevistou 2.002 pessoas de 142 municípios entre os dias 17 e 20 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.