Depois de mais uma reunião de concertação social, Arménio Carlos, da CGTP, argumentou que o Plano Nacional de Reformas apresentado “através de Power Point” é “ainda sintético”.

O secretário-geral da CGTP falou à saída da reunião realizada na tarde quinta-feira, dia 31 de março, com os jornalistas e apresentou três eixos em que, na sua opinião, o plano em debate precisa de ser melhorado:

  • o primeiro eixo, argumenta, passa por “avançar com um projeto de desenvolvimento do país centrado no emprego estável e seguro, contra a precariedade e contra o desemprego”;
  • o segundo ponto assenta na questão da contratação coletiva sem a qual, afirma, “não há democracia”. “Mais de 95% das nossas empresas têm menos de dez trabalhadores. A contratação coletiva é um elemento estruturante para que os trabalhadores possam ter salários atualizados anualmente.”;
  • por último, Arménio Carlos passou pela legislação laboral, sendo que, para o secretário-geral da CGTP, aquela aprovada nos últimos quatro anos “não só não acrescentou mais-valia ao desenvolvimento do país como acentuou os desequilíbrios entre o fator trabalho e o fator capital”; foi nesse sentido, que a CTPG admitiu propor uma avaliação aos impactos que as respetivas alterações tiveram no setor em questão.

O secretário-geral da CGTP admitiu ainda que o plano partiu de um diagnóstico correto, no qual se confirma “que os últimos quatro anos de política PSD/CDS e da troika colocaram o país numa situação insustentável, com mais desemprego, mais precariedade e redução de rendimentos, onde os trabalhadores foram os grandes prejudicados”.

O Governo vai posteriormente apresentar um documento mais desenvolvido e que será suscetível de discussão na próxima reunião de concertação social, agendada para o próximo dia 21.

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