O piloto espanhol Fernando Alonso (McLaren) admitiu esta quinta-feira que poderá não correr no Grande Prémio da China, como resultado das lesões que o impediram de participar este fim de semana na etapa do Bahrein do mundial de Fórmula 1.

“Não é certo a 100 por cento que vá poder correr na China [de 15 a 17 de abril], mas espero que sim. Antes terei de fazer outros exames médicos, dentro de oito ou dez dias. Depois dos exames a Federação Internacional do Automóvel [FIA] avaliará de novo, tal como fez agora. Primeiro que tudo está a segurança, pelo que espero que esteja tudo ‘Ok’ na próxima avaliação”, resumiu o duas vezes campeão mundial.

O departamento médico da FIA comunicou esta quinta-feira à McLaren que “após o exame realizado esta manhã ao piloto espanhol, no Bahrein, foi decidido que Fernando Alonso não participe no GP deste fim de semana”.

A opção do corpo clínico da entidade que tutela o Mundial de Fórmula 1 foi tomada após a comparação de duas tomografias computadorizadas ao tórax, que demonstrou não estarem ainda reunidas as condições mínimas para Fernando Alonso competir em segurança.

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“Obviamente, estou um pouco dececionado. Todos queremos correr. Somos competidores, pilotos e queremos competir, porque amamos este desporto. Quando chegas aqui e não podes nem tentar, é triste. Mas é compreensível e respeito a decisão dos médicos”, disse Alonso durante a conferência de imprensa de antecipação do GP do Bahrein, no circuito de Sakhir, onde é o único piloto com três triunfos (2005, 2006 e 2010).

Fernando Alonso reconheceu que tem tido dores todos os dias, mas que estava disposto a suportá-las. “No entanto, os médicos consideraram que há outros riscos a ter em conta e há que minimizá-los”, concluiu.

O piloto espanhol sofreu um violento acidente no GP da Austrália, na 17.ª volta ao circuito de Melbourne, quando tentava ultrapassar o mexicano Esteban Gutiérrez (Haas), que destruiu por completo o monolugar e obrigou à interrupção da corrida.