O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou nesta quinta-feira que a posição da diplomacia europeia quanto à condenação de 17 ativistas em Angola represente uma ingerência nos assuntos internos daquele país, classificando-a como sinal de empenho nos direitos humanos.

Augusto Santos Silva reagia assim às declarações do secretário de Estado das Relações Exteriores angolano, que classificou de “inamistosa” a postura dos diplomatas da União Europeia ao emitirem uma declaração sobre o referido processo judicial sem antes consultarem o governo desse país africano.

“A posição subscrita por Portugal não significa nenhuma tentativa de ingerir na tomada de posição sobre o processo judicial”, garantiu o governante português.

“Significa apenas o nosso empenhamento no apoio às entidades angolanas no que entendemos como relevante para os esforços de implementação plena de formas respeitadoras dos direitos humanos”, sublinhou.

Augusto Santos Silva realçou ainda que a postura do Estado português nesta matéria se deve ao facto de em causa estarem não apenas ativistas angolanos, mas também um com cidadania lusa – sendo que todos esses foram condenados em primeira instância a penas de prisão entre os 27 meses e os oito anos e meio de prisão.

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