Um estudo publicado esta quinta-feira na Austrália revela que as tartarugas são capazes de nadar mais de cem quilómetros depois de terem estado em cativeiro mais de um ano, com o objetivo de regressar a casa.

“Perdemos contacto com os aparelhos de rastreio colocados em duas delas, mas todas, à exceção de uma, regressaram a casa”, afirmou Takashiro Shimada, especialista da Universidade James Cook e autor do estudo, que seguiu 59 tartarugas.

A investigação revelou que a maioria das tartarugas que passaram algum tempo em cativeiro – curtos períodos ou mais de 500 dias sob cuidados devido a lesões – encontrou o caminho de regresso ao local onde haviam sido encontradas, segundo um comunicado da Universidade James Cook.

Além das longas distâncias percorridas – uma nadou 117 quilómetros –, os cientistas observaram que as tartarugas nadaram até poucos metros do ponto em que foram encontradas.

Os investigadores acreditam que as tartarugas nadam apoiando-se numa combinação de chaves geomagnéticas e outros processos que ainda não são plenamente compreendidos.

Os cientistas também colocaram 54 tartarugas diretamente no ponto em que foram encontradas para depois atestar que permaneciam nesse lugar, apesar de não terem conseguido decifrar as causas na origem desse padrão, refere a mesma nota.

“O senso comum sugere que tal sucede porque as tartarugas estão familiarizadas com as fontes de comida e albergue e sabem onde podem estar os seus predadores”, apontou Takashiro Shimada.

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