Em 2011, o então rei Juan Carlos I recebeu dois Ferraris, um para si e outro para o seu filho, Felipe. Os presentes fizeram correr a tinta na imprensa espanhola, extremamente indignada por a proximidade com os escândalos da caça praticada pelo rei e uma amiga no Botsuana e pelo caso Nóos, envolvendo a infanta Cristina e o seu marido, Iñaki Urdungarin.

Este ano, o agora rei Filipe VI decidiu tornar pública a lista dos presentes que a família real recebeu em 2015, para mostrar que se está a operar uma mudança no seio da realeza espanhola.

Em vez de presentes milionários, na lista constam pisa-papéis, placas, lenços, gravatas e, a prenda que recebe o prémio de mais glamorosa, a coleção completa em Blu-Ray da quarta temporada de “Guerra dos Tronos”. A série foi oferecida ao rei Felipe por Pablo Iglesias, líder do partido Podemos. Outra das prendas que o monarca destacou pelo seu valor emocional foi o livro “The Lost Boy”, de David Pelzer, oferecido pelo primeiro-ministro sueco Stefan Lovnen.

Ao todo, o monarca espanhol recebeu 151 prendas. Já a rainha consorte Letizia recebeu 80 prendas, entre as quais malas, brincos e até um chapéu da Universidade de Goergetown.

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Os monarcas receberam ainda 57 prendas de casal, entre as quais um tapete tunisino e um décimo do prémio da lotaria de uma associação desportiva.

Juan Carlos I, o rei emérito, recebeu nove prendas, sendo que cinco delas foram enviadas para o palácio real espanhol – La Zarzuela. Já a sua mulher, a rainha Sofia, recebeu doze prendas, menos quatro do que as suas netas, Leonor e Sofia.

A redução do valor monetário das prendas prende-se com o protocolo da Casa del Rey que tratou de avisar todos os que iriam ter interações oficiais com a família real que nenhum podia aceitar prendas que superassem “os costumes habituais de sociedade e cortesia”.