O Governo já respondeu ao FMI, que esta sexta-feira pediu um plano de contingência e manifestou dúvidas sobre o objetivo de défice de 2,2% em 2016. O executivo de António Costa “toma nota da análise” do FMI e “reafirma o seu empenho para alcançar as metas traçadas, através da execução rigorosa do Orçamento do Estado para 2016”.

“O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou o relatório da 3ª missão do Post-Program Monitoring (PPM), que decorreu de 27 de janeiro a 3 de fevereiro. O Governo toma nota da análise que o FMI apresentou em relação ao facto das metas orçamentais estabelecidas para 2015 não terem sido cumpridas. E regista o facto de algumas das deficiências estruturais que o FMI identifica na economia portuguesa não terem sido resolvidas durante o Programa de Ajustamento”, assinala o governo em comunicado do Ministério das Finanças.

O ministério de Mário Centeno “reitera que está apostado em ultrapassar estes constrangimentos, assim como os desequilíbrios sociais que resultaram do período de ajustamento. Por esta razão, concentra os seus esforços nas reformas que são necessárias para relançar a competitividade da economia e para garantir a coesão social. Estas reformas estão devidamente identificadas no Programa Nacional de Reformas, agora em discussão”.

Considera que as previsões do Fundo para 2016 não encontram apoio nos desenvolvimentos verificados desde janeiro, como sejam a rigorosa execução orçamental dos primeiros dois meses do ano, as colocações de dívida bem-sucedidas e o reforço dos indicadores de confiança das famílias e das empresas.

Em conclusão, o Governo diz que “reafirma o seu empenho para alcançar as metas traçadas, através da execução rigorosa do Orçamento do Estado para 2016 e trabalhará, de forma franca e aberta, com o FMI na 4ª missão PPM, que deverá ocorrer em junho”.

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