Ainda não se sabe quem será o sucessor de Mariano Rajoy na chefia do governo espanhol, podendo ser ele próprio. Mas já se sabe que não terá vida fácil para baixar o défice. O governo espanhol comprometeu-se com um défice de 2,8% do PIB para 2016, o que implica uma redução para pouco mais de metade dos 5,16% que foram o défice registado em 2015. O El País diz que serão necessários “cortes profundos” na despesa pública.

O esforço orçamental equivale a 23.600 milhões de euros, tanto quanto o Estado espanhol obteve em cortes e subidas de impostos em 2012. Os 5,16% de défice público superam os 4,2% do PIB que tinham sido prometidos a Bruxelas.

Segundo o El País, o presidente do governo em funções garante que cumprirá escrupulosamente o Pacto de Estabilidade e Crescimento e justifica o desvio orçamental – acerca do qual Bruxelas já tinha sido avisada no ano passado – com as despesas das comunidades autonómicas. Os gastos das administrações regionais superaram em quase 10.400 milhões de euros o objetivo, alega o governo de Rajoy.

Ainda assim, a missão do governo poderá ficar um pouco mais facilitada porque se prevê que a economia cresça em 2016, ao contrário da quebra que se vivia em 2012. Além disso, algumas das despesas que agravaram o défice em 2015 não são recorrentes.

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