O treinador do Vitória de Guimarães, Sérgio Conceição, assumiu esta sexta-feira que a equipa tem de corrigir os erros dos últimos jogos para derrotar no sábado o Boavista, em jogo da 28.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Os vimaranenses atravessam uma série de sete jogos sem triunfos no campeonato, com os últimos três a saldarem-se em derrotas, e o técnico reiterou que a sua equipa terá de estar mais atenta frente aos boavisteiros para inverter os “últimos resultados”.

“(O Vitória) Tem de ganhar o jogo. Tem de marcar mais golos do que o adversário. Os últimos resultados foram negativos. Nos últimos quatro golos, três são de bola parada. Falámos muito sobre isso, tive oportunidade de me irritar no final do jogo com o Nacional. Temos de assumir a responsabilidade”, admitiu, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo de Guimarães.

O treinador referiu que o duelo entre vitorianos e ‘axadrezados’ é “historicamente interessante”, “intenso” e dotado de “alguma rivalidade”, pelo que prevê dificuldades, apesar da sua equipa estar concentrada em alcançar o triunfo.

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“É um jogo historicamente difícil para as duas equipas, com o público muito presente nos duelos. A nós interessa analisar o Boavista, sair desta situação que tem acontecido nos últimos jogos em termos de resultados e ir atrás do nosso objetivo que são os três pontos”, salientou.

Sérgio Conceição acrescentou ainda que a equipa de Erwin Sanchez, apesar de ocupar o 16.º lugar, com 24 pontos, apenas um acima da ‘linha de água’, possui “qualidade”, tendo recebido “um ou outro jogador” com valor, em janeiro.

“O Boavista é uma equipa agressiva, que sabe, nos momentos sem bola, o que tem de fazer, com uma pressão mais alta ou baixando o seu bloco. Nos últimos três, quatro jogos, deu a indicação de que é uma equipa competitiva e muito perigosa, principalmente a jogar fora”, frisou.

O timoneiro vitoriano recusou, por isso, que o fator casa possa ter relevância no desfecho do jogo de sábado, bem como no que resta do campeonato, apesar de ter considerado positivo o facto de ter “um estádio com 15, 20 mil pessoas” a torcer pela sua equipa.

“Os jogos são todos diferentes. Obviamente ter um estádio com 15, 20 mil pessoas com esta alma, a torcer pelo clube, é sempre positivo. Mas, em termos do jogo em si, não é o fator casa que é determinante”, considerou, rejeitando ainda algum “trauma” da equipa nos jogos caseiros, por ter apenas quatro vitórias em 14 jogos.

A equipa de Guimarães defronta o Boavista na sequência de uma paragem do campeonato e o timoneiro vimaranense considerou que a paragem permitiu “dar alguma carga aos jogadores que vieram no mercado de janeiro”, referindo que as chamadas às seleções, apesar de “bom sinal”, dificultaram a preparação de alguns elementos.

O Vitória de Guimarães, nono classificado, com 34 pontos, defronta o Boavista, 16.º, com 24, pelas 20h45 de sábado, no Estádio D. Afonso Henriques, em jogo que será dirigido pelo árbitro Rui Costa, da Associação de Futebol do Porto.