A polícia está em força no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, concentrando-se sobretudo em frente ao edifício da autarquia e da estação de metro de Comte de Flandre. Há polícia de motim, carros de bombeiros e militares na rua. Um carro avançou sobre um cordão policial, tendo atropelado uma pessoa. Há moradores do bairro a atirar pedras à polícia.

Numa primeira fase, a polícia impediu que cerca de 30 militantes do grupo de extrema-direita Génération identitaire fizessem uma manifestação no bairro de Molenbeek, onde há uma forte presença de imigrantes e muçulmanos. Dois militantes daquele grupo foram detidos no local e outros cinco foram detidos enquanto se dirigiam para o local onde o grupo pretendia manifestar-se.

A polícia confiscou duas granadas de gás lacrimogéneo aos militantes do Génération identitaire.

A situação parecia ter acalmado depois da manifestação abortada, mas os momentos de maior tensão ainda estariam para vir. Já depois das 12h00 locais (11h00 em Lisboa), houve vários moradores a saírem para rua, alguns curiosos pela anormal presença policial sentida neste sábado.

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Segundo o Le Soir, que tem uma jornalista no local, as autoridades tentaram manter a linha policial e fazer recuar os civis. Para esse efeito, fizeram avançar um carro dos bombeiros sobre as pessoas.

Em resposta, um carro branco avançou sobre os polícias, criando uma situação de pânico entre os presentes. As autoridades conseguiram travar o carro, um Audi A1. O condutor e os outros passageiros já foram detidos. Uma mulher foi atropelada por este carro e já foi encaminhada para o hospital.

Também há relatos de jovens a atirar pedras contra a polícia.

Segundo o La Libre, na rua do atropelamento, um morador abriu as janelas de casa e pôs a tocar a música “We are the world” de Michael Jackson, numa tentativa de acalmar os ânimos.