A Turquia rejeitou, este sábado, as acusações da Amnistia Internacional (AI) de que força diariamente o regresso de refugiados sírios ao seu país, assolado pela guerra.

“As alegações não refletem, de todo, a realidade”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, em comunicado. “É triste que este tipo de notícias seja partilhado com o público [pelos meios de comunicação social] de uma forma tão intensa”, acrescentou.

A AI acusou a Turquia de forçar ilegalmente grupos de aproximadamente uma centena de sírios a regressarem diariamente a casa, denunciando os efeitos perversos do recente acordo União Europeia-Turquia, sobre os migrantes.

As acusações surgem antes do regresso à Turquia dos primeiros grupos de migrantes que devem ser expulsos da União Europeia (UE), em conformidade com o referido acordo firmado em 20 de março.

A Grécia deve iniciar, na segunda-feira, o reenvio para a Turquia de migrantes, incluindo sírios, que atravessaram ilegalmente a fronteira do mar Egeu para entrar na União Europeia.

A Amnistia Internacional afirmou que as revelações mostram que a Turquia não é “um país seguro” para os refugiados sírios voltarem.

A Turquia, que acolheu 2,7 milhões de refugiados sírios desde o início do conflito em 2011, insiste em desmentir ter forçado sírios a regressarem ao seu país, salientando que “não há mudanças” na sua política de “porta aberta”.

“A Turquia está comprometida em continuar a oferecer proteção aos sírios que fogem da violência e da instabilidade ao abrigo das obrigações internacionais”, frisou a diplomacia turca.

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