PSOE, Ciudadanos e Podemos vão encontrar-se quinta-feira com vista à formação de governo, conta o El País. A informação foi avançada pelos dois primeiros, que garantiram um acordo no início de março, mas que foi insuficiente.

Embora PSOE e Ciudadanos estejam na mesma página, sabe-se agora que Albert Rivera terá feito algumas exigências a Pedro Sánchez. Uma delas é não haver um governo formado apenas por elementos do Partido Socialista de Espanha, conta o El Mundo. “Um governo de uma só cor do PSOE seria demasiado débil”, avisa Juan Carlos Girauta, o porta-voz do Ciudadanos no Congresso. “A ideia é que este governo para que pedimos o apoio do Podemos esteja constituído por membros do PSOE e Ciudadanos.” Girauta não definiu quais são os ministérios que interessam ao partido.

Para além disso, a dupla procura também o apoio do Podemos. Mas, explica o El País, a preferência do Ciudadanos terá sido numa primeira instância o Partido Popular de Mariano Rajoy. O PP recusou conversas, por isso avançou-se para o partido de Pablo Iglesias, que agora se encontra no centro de uma polémica. É que esta terça-feira o ABC publicou um documento que comprova que a fundação (CEPS) ligada aos fundadores do Podemos recebeu mais de sete milhões de euros para criar forças em Espanha que fossem favoráveis ao regime venezuelano. O próprio Hugo Chávez assinou o documento.

O El País sugere que dificilmente haverá acordo, por ser muita a distância que separa os partidos. E avança ainda que Pablo Iglesias estará na mesa de negociações, o que não acontecerá com Pedro Sánchez e Albert Rivera. E o relógio faz tic-tac, pois terá de haver acordo até 3 de maio, altura em que se agendará novas eleições — a repetição do ato eleitoral deverá acontecer dia 26 de junho.

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