Mesmo com um chumbo do Tribunal Constitucional em agosto do ano passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros insiste que os serviços de informação portugueses deveriam ter acesso a metadados, ou seja, dados de tráfego na internet, e que não tendo esta possibilidade, há uma limitação ao combate de terrorismo.

Em entrevista à Renascença no programa Terça à Noite, Augusto Santos Silva garantiu que “o facto de os serviços de informação não poderem aceder aos metadados é uma limitação à capacidade desses serviços na frente preventiva de eventos como ataques terroristas”. Consciente das dificuldades políticas de um maior acesso devido ao chumbo no Tribunal Constitucional que rejeitou o acesso das secretas a esses dados e também ao registo de chamadas telefónicas e de internet

“O Tribunal Constitucional fez interpretação muito restritiva da Constituição neste respeito. A questão deve ser revisitada à luz do que o Tribunal Constitucional disse e julgo que na Assembleia da República haverá condições para que os grupos parlamentares revisitem esta questão”, sem necessidade de uma revisão constitucional, defendeu o ministro.

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