A Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema vai receber o Prémio Henri Langlois, em Paris, a 11 de abril, por ser “uma grande cinemateca mundial”, disse à Lusa Frédéric Vidal, diretor-geral da associação que atribui o galardão.

“A cinemateca de Portugal é uma grande cinemateca europeia, mundial, com uma coleção excecional. Anualmente, homenageamos uma cinemateca pelo seu trabalho, pela vontade de preservar, divulgar e restaurar tesouros cinematográficos”, declarou Frédéric Vidal.

O prémio, atribuído na categoria “Cinematecas e Restauros”, já tinha sido entregue aos arquivos do CNC francês, às cinematecas de Bolonha, Berlim, Amesterdão, Luxemburgo, São Paulo e ao Instituto Lumière de Lyon.

“A cinemateca portuguesa vai receber um Prémio Henri Langlois pelo conjunto do seu trabalho, pela transmissão que continua a fazer do património cinematográfico português, junto das jovens gerações, e pelo trabalho que realiza ao longo do ano ao nível da conservação e restauro”, continuou o diretor-geral do festival “Rencontres Internationales de Cinéma de Patrimoine & Prix Henri Langlois”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A distinção vai ser entregue na Maison de la Radio, na próxima segunda-feira, numa cerimónia que encerra o festival “Rencontres Internationales de Cinéma de Patrimoine & Prix Henri Langlois” e que vai contar com a presença da atriz Claudia Cardinale, que preside ao comité de honra do evento.

O festival, que decorreu de 31 de março a 04 de abril, contou com várias projeções, debates, conferências e exposições, tendo sido exibida “a cópia recentemente restaurada de ‘Mudar de Vida’, de Paulo Rocha, além da série de pequenos filmes rodados pelo pioneiro do cinema português Aurélio da Paz dos Reis em 1896”, pode ler-se no comunicado da Cinemateca Portuguesa, disponível na sua página da internet.

“Os prémios Henri Langlois pretendem distinguir pessoas cujas carreiras marcaram a história do cinema de ontem e de hoje e que dedicam as suas carreiras ao cinema”, acrescentou Frédéric Vidal.

O comunicado de imprensa do festival, enviado à Lusa, precisa que os prémios Henri Langlois se destinam “a recompensar os profissionais que trabalham na preservação do património”, nomeadamente “técnicos, atores, realizadores, fundações e cinematecas que se destacaram, nos quatro cantos do mundo pelo contributo para o conhecimento e transmissão do património cinematográfico, seguindo os passos do pai fundador e do criador da Cinemateca Francesa, Henri Langlois”.

Henri Langlois foi um dos pioneiros do movimento das cinematecas, tendo fundado a Cinemateca Francesa, em 1936, juntamente com Georges Franju, Paul-Auguste Harlé e Jean Mitry.