No que toca à nudez nos filmes, elas expõem-se mais do que eles. Três vezes mais. É esta a conclusão do Relatório sobre a Situação das Mulheres e Meninas na Califórnia (EUA), conhecido esta terça-feira. O estudo aponta também falhas na representação de várias raças e culturas no ecrã.

No ano de 2014, 26% das personagens femininas dos primeiros 100 filmes que estiveram na bilheteira dos Estados Unidos apareceram ou nuas ou parcialmente nuas. No caso dos homens, no mesmo ano e para o mesmo top, só 9% apareceram nus ou parcialmente nus.

Nuas ou não, elas assumiram papéis de destaque menos vezes que eles. Segundo o relatório, só 12% dos filmes tiveram uma mulher como protagonista. Dentro do grupo feminino, há grupos mais representados do que outros. Só 4% das personagens eram interpretadas por mulheres latinas e asiáticas, “apesar de os latinos serem agora a maior população demográfica na Califórnia”, destaca o Guardian.

Em 2014, houve mais mulheres a trabalhar atrás das câmaras comparando com anos anteriores, confirmou o estudo da Universidade Mount Saint Mary de Los Angeles (Califórnia). Ainda assim, a média aponta para menos de uma mulher em cada cinco a trabalhar como realizadora, argumentista ou produtora numa grande produção nos últimos 15 anos.

No início do ano, arrancava a campanha #OscarsSoWhite. Uma hashtag de guerra à fraca representação de negros em filmes e na lista de nomeados para os Óscares. A falta de diversidade racial é também uma das falhas apontadas pela 5ª edição do relatório agora publicado: 74% das personagens nos filmes são interpretadas por pessoas brancas. No caso das mulheres, só 15% dos papéis pertencem a mulheres negras.

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