O ministro do Planeamento e das Infra-Estruturas, Pedro Marques, considera que a posição pública da Câmara do Porto em relação à TAP penaliza a imagem da empresa, não garante uma solução para aumentar a capacidade do aeroporto de Lisboa até ao final do ano e diz que só encontrou powerpoints, em vez de trabalho feito, quando chegou ao seu Ministério.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o governante pede estabilidade para a empresa, e diz que o acordo que o Governo conseguiu com a empresa para que o Estado passe a ter 50% do capital ajuda a assegurar isso mesmo.

Sobre o plano estratégico da TAP, Pedro Marques não diz se o Governo se identifica com as prioridades lá estabelecidas, apenas que esse plano oferece “concordância” ao Governo e que não tem “problemas” com alguns dos pontos, como é o caso de manter um forte hub em Portugal, de manter a marca e “o essencial do emprego em Portugal”, por exemplo.

Pedro Marques garante ainda que o Estado não vai deixar de exercer “estrategicamente o seu papel de maior acionista da empresa” e que não fica em momento algum “numa posição de subordinação a acionistas privados”.

Sobre o alargamento da capacidade do aeroporto de Lisboa, Pedro Marques explica que a solução Portela + 1 é a solução que está a ser estudada de forma aprofundada, mas que não existiam estudos suficientemente profundos sobre essa hipótese e, também por isso, muito dificilmente haverá uma decisão até ao final do ano sobre esta matéria. O governante diz mesmo que do anterior governo em vários projetos o único trabalho que encontrou foram powerpoints com apresentações das intenções, nada mais.

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