O Estado do Wisconsin votou e os seus eleitores podem ter dado uma nova vida à corrida pela nomeação, tanto do lado republicano como do lado dos democratas, para a corrida à Presidência dos Estados Unidos. Ted Cruz venceu entre os republicanos e com uma grande vantagem sobre Donald Trump, estragando os planos do empresário de resolver a questão da nomeação antes da convenção do partido. Bernie Sanders conseguiu a sexta vitória consecutiva e deixa Hillary Clinton à beira de um ataque de nervos.

Não muda de forma significativa a corrida, mas dá esperança. A votação desta noite no Estado do Wisconsin permitiu a Ted Cruz ganhar o apoio de 33 delegados, contra apenas três de Donald Trump e aproximou-o da liderança. Ainda assim, o senador do Texas continua longe do empresário nova-iorquino.

Para vencer a nomeação do lado republicano é preciso conseguir o apoio de 1237 delegados. Até agora, Donald Trump tem o apoio de 739 e ainda tem pela frente Nova Iorque, um Estado com muitos delegados e de onde é natural. Ainda assim, mais esta vitória de Ted Cruz ajuda a estragar os planos de Donald Trump de conseguir a nomeação antes da convenção do partido, este verão, e que pode vir a trazer problemas.

Em terceiro e último continua John Kasich, que tem sido atacado tanto por Donald Trump como por Ted Cruz, ambos acusando o governador do Ohio de lhes roubar votos e de não estar a fazer nada na corrida, já que até tinha menos delegados que Marco Rubio, que já desistiu.

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Do lado dos democratas, a campanha de Bernie Sanders mostra o bom momento que vive com mais uma vitória para a série. Com o Wisconsin, este é já a sexta vitória consecutiva de Bernie Sanders, que ganha com 56,4% dos votos e consegue 45 delegados. No entanto, a regras destas eleições primárias no Wisconsin no lado democrata não permite que Sanders consiga uma vantagem significativa, já que Hillary Clinton consegue 31 delegados.

Nas contas nacionais até este momento, Hillary Clinton continua com uma grande vantagem, especialmente devido ao apoio que tem entre os superdelegados. Hillary Clinton tem 1.274 delegados e o apoio de 469 superdelegados, e Bernie Sanders 1.025 delegados e o apoio de apenas 31 superdelegados.

Clinton já tem mais de metade do apoio que precisa para conseguir a nomeação do lado democrata – para a qual são necessários 2.383 delegados -, mas mais esta derrota expõe, segundo o New York Times, as dificuldades que a senadora e ex-secretária de Estado está a ter para conseguir o apoio entre os jovens e os trabalhadores das classes mais baixas caucasianos que mais apoio têm dado à mensagem económica da causa Sanders, um apoio que se pode revelar fundamental no apoio dos condados mais pobres do Estado de Nova Iorque, que vai a votos no dia 19 de abril.