O ministro dos Petróleos angolano assumiu a sua ligação a uma empresa na lista comprometedora divulgada na fuga de informação envolvendo a firma de advogados panamiana Mossack Fonseca, mas garante que aquela não chegou a exercer atividade.

A posição de José Maria Botelho de Vasconcelos vem expressa num comunicado assinado pelo próprio, distribuído hoje à agência Lusa, em Luanda, no qual o ministro angolano assume estar “vinculado” à criação da empresa Medea Investiments Limited.

“Foi de facto criada, em 2001, a empresa Medea Investiments Limited com o objetivo de participar em eventuais parcerias, que no entanto, por diferentes razões, não chegou a exercer qualquer tipo de atividade”, lê-se no comunicado.

A lista de nomes deste escândalo, que inclui 140 políticos, nomeadamente 12 líderes mundiais, foi divulgada no domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

Mais de 214 mil entidades ‘offshore’, em 21 paraísos fiscais, aparecem, em 11,5 milhões de documentos da sociedade de advogados, ligadas a mais de 200 países e territórios, refere a organização na sua página na internet.

O ministro acrescenta que a criação desta empresa em 2001 – alegadamente envolvendo a firma de advogados do Panamá – “não põe em causa” o seu “bom nome, em particular, nem do país em geral”.

“Estou consciente do meu dever moral, como cidadão e como patriota”, afirma o ministro dos Petróleos, num comunicado de apenas dois pontos e emitido a título pessoal.

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