Um quadro de Donald Trump nu foi proibido nos Estados Unidos e vai agora ser exibido em Londres, conta o El País. A obra chama-se “Make America Great Again”, tal e qual o slogan do candidato a candidato republicano à Casa Branca. A autora, Illma Gore, queria criar uma reação, desvalorizar a aparência física e chamar à atenção para a opressão às mulheres.
“Foi muito arriscado expor a peça nos Estados Unidos. Não estou preocupada porque alguém está escandalizado com o pequeno pénis que pintei a Trump”, disse Gore, citada no artigo do diário espanhol. Illma, 24 anos, é uma artista de Los Angeles, com uma voz feminista e legado na arte urbana. O preço da obra está fixado em… 1,3 milhões de euros.
O trabalho de Gore acabaria por ser bastante criticado, chegando até a receber ameaças de morte. Ela desvaloriza: “Para mim, estas reações formam parte da própria obra. O importante é que as pessoas entrem e a vejam, que se riam ou se chateiem”, disse ao El País. No Twitter, a 10 de fevereiro, daria outra resposta aos defensores de Donald Trump:
https://twitter.com/illmagore/status/697552884854968320
Para quem se sentiu ofendido, Illma Gore disse o seguinte: “Talvez não se sentissem tão intimidados com o tamanho do pénis se a masculinidade não estivesse enraizada para oprimir as mulheres e a feminilidade”, escreveu na rede social.
“‘Make America Great Again’ foi criado para provocar uma reação na audiência, boa ou má, sobre o peso que colocamos no nosso físico. Ninguém se deve sentir diminuído pelo tamanho do seu pénis ou vagina, porque não define quem és. Os teus genitais não definem o teu género, poder e status. Simplificando, podes ser um canalha independentemente do que tens nas calças.” Este é o texto que está junto à pintura de Illma Gore, no site oficial da artista.
A obra foi proibida nos Estados Unidos, mas estará exposta na Galeria Mayfair’s Maddox, em Londres, a partir da próxima semana. Do que estamos a falar, afinal? Disto:
