Isabel dos Santos e o CaixaBank terão fechado, neste sábado, as negociações que vão conduzir à solução para o impasse em redor do capital do BPI e do destino a dar ao Banco de Fomento Angola (BFA). A notícia foi avançada pela SIC que, no respetivo site, refere que as duas partes chegaram a acordo e que este obteve a “luz verde” dos reguladores do mercado de capitais e da supervisão bancária.

Os investidores espanhóis do CaixaBank vão reforçar a posição que detêm no BPI e ficam com o controlo do banco, o que vai obrigar ao lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade das ações da instituição liderada por Fernando Ulrich. Quanto à empresária angolana, vai ter acesso ao domínio do capital do BFA.

O CaixaBank é detentor de 44,1% do BPI e poderá assumir os 18,6% que se encontram nas mãos de Isabel dos Santos. A empresária também dispõe de uma participação de 42,5% no Banco BIC, sendo o maior acionista da instituição, que tem 1,9% do BPI.

O BPI tinha um prazo até 10 de abril, este domingo, para resolver o problema da concentração excessiva em Angola. O Banco Central Europeu (BCE) informou as autoridades nacionais de que o banco liderado por Fernando Ulrich seria alvo de uma multa diária enquanto não cumprisse as exigências do BCE e não reduzisse a exposição relativa a Angola, onde tem uma posição de 50,1% no BFA, um mercado que perdeu a equivalência de supervisão aos olhos de Frankfurt.

O cenário de uma multa diária já era visto como o mais provável para castigar o BPI, caso esta questão não ficasse resolvida, e a penalização poderia ascender a 5% do volume de negócios diário médio do banco. Segundo contas do Jornal de Negócios, o valor da multa poderia equivaler a mais de 140 mil euros por dia.

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