O violoncelista que surgiu nos Panama Papers associado a Vladimir Putin disse que os bens que possui foram meros donativos, conta o Guardian. A investigação do Consórcio Internacional dos Jornalistas de Investigação revelou que Sergei Roldugin detém duas empresas offshore. Uma delas, a International Media Overseas, recebeu um empréstimo de 6 milhões de dólares em 2007 e passados três meses, esse empréstimo passou a 1 dólar.

Citado pelo The Guardian, Roldugin, amigo de Putin, falou na televisão pública russa neste domingo, mas evitou responder diretamente às questões — é suspeito de esconder uma fortuna de Putin avaliada em mais de dois mil milhões de dólares. O músico, que negou ser muito rico, desmentiu que está a guardar dinheiro ou bens do presidente da Rússia. Roldugin não negou, no entanto, que possui uma fortuna fixada em 90 milhões de euros. A tal riqueza que possui foi, diz, resultado de uma série de donativos de empresários ricos.

“Claro que fui ter com toda a gente que pude e pedi donativos”, admitiu o responsável pela Casa da Música de São Petersburgo.

“Não há nada para me apanharem. Está tudo transparente. No meu caso, sou definitivamente rico. Sou rico com o talento da Rússia.”

Vladimir Putin, lembra o The Guardian, comentou o caso na quinta-feira, dizendo que quase todo o dinheiro de Roldugin serviu para comprar instrumentos musicais no estrangeiro e levá-los para a Rússia.

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