O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse nesta terça-feira à agência Lusa não estar surpreendido com a “grande qualidade” da intervenção de António Guterres na ONU, recordando o “enorme acolhimento” que a candidatura tem suscitado. “Não me surpreendeu em absolutamente nada a grande qualidade da sua intervenção inicial, o à-vontade, a sua fluência em várias línguas e o domínio dos dossiês que demonstra”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa, contactado pela Lusa por telefone.

António Guterres está hoje a realizar a sua audição pública na sede da ONU em Nova Iorque, no âmbito da sua candidatura a secretário-geral da organização, que começou com uma intervenção de cerca de 10 minutos. “Gostaria de chamar a atenção para a clareza da visão que António Guterres apresenta para o cargo de secretário-geral da ONU”, disse o ministro, elogiando a forma como o antigo primeiro-ministro português liga as questões da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos.

Em declarações à Lusa, Augusto Santos Silva considerou também como “cristalina a defesa” que António Guterres fez da necessidade de uma “diplomacia pela paz e uma cultura de prevenção de conflitos”.

O chefe da diplomacia portuguesa recordou que a candidatura do antigo Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados tem um “grande apoio nacional” e que, “mesmo da parte daqueles que defendem outras opções”, a candidatura tem “suscitado enorme acolhimento”.

António Guterres é o terceiro candidato à substituição do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, cujo mandato termina no final de 2016, a ser entrevistado na sede da organização em Nova Iorque. A audição que teve início cerca das 15h00 locais (20h00 em Lisboa), deverá terminar cerca das 17h00 locais (22h00 em Lisboa).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR