Vamos ao cinema. Como qualquer pessoa apaixonada pelos costumes americanos, compra-se um copo de refrigerante para acompanhar o filme e um balde de pipocas daqueles grandes, porque compensa mais. Quem come uma pipoca já não consegue parar. O filme começa e o pacote já vai a meio: no cinema é impossível parar de comer pipocas, a não ser… que venha um momento de suspense. Nessa altura, o silêncio e o sossego instalados na sala de cinema obrigam-nos a abrandar, porque ninguém quer fazer aquele barulho incómodo das pipocas crocantes. E paramos de comer.

Este é o chamado “efeito crunch” e pode ser o melhor amigo de quem quer tentar emagrecer. Uma equipa de investigadores das Universidades do Colorado e de Brigham Young descobriu que “se as pessoas repararem mais no som dos alimentos, conseguem reduzir o seu consumo”. Isto significa que os sons dos alimentos podem ser uma característica a ter em conta na hora de ir ao supermercado para começar uma dieta: o conselho dos nutricionistas é ter em conta o barulho que a comida produz quando a mastigamos ou trituramos, explica a BBC.

Estas conclusões foram conseguidas graças a três experiências. Numa delas, os voluntários colocaram uns auriculares controlados pelos investigadores enquanto comiam pretzels. Descobriu-se que as pessoas comem menos quando o som dos alimentos é mais intenso, porque “escutar o som dos alimentos recorda-nos de que estamos a comer”. Se algo mascara esse som – quando comemos enquanto vemos televisão ou ouvimos música – estamos inconscientemente a ignorar um dos sentidos e isso pode levar-nos a comer mais.

O que os especialistas aconselham é que se preste atenção ao som da comida, evitando ambientes barulhentos nas horas das refeições.

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