A audição do ministro das Finanças esta quarta-feira no parlamento sobre o Novo Banco vai ser à porta fechada, tal como as do governador do Banco de Portugal e do presidente do Fundo de Resolução, para impedir “qualquer perturbação do processo”.

Mário Centeno vai estar na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, onde será ouvido pelos deputados relativamente a dois assuntos: a Conta Geral do Estado de 2014 e o processo de alienação do Novo Banco.

No início dos trabalhos, a presidente da comissão parlamentar, a deputada social-democrata Teresa Leal Coelho, afirmou que a primeira parte da audição (sobre a Conta Geral do Estado de 2014) será aberta aos jornalistas, mas que a segunda parte (sobre o Novo Banco) será “à porta fechada”.

A deputada disse que esta parte da audição de Mário Centeno será fechada “para que o processo de alienação do Novo Banco não seja afetado com ruído que possa decorrer da amplificação do que será discutido nessa matéria” e para que o ministro das Finanças “tenha melhores condições para responder às questões que lhe são colocadas”.

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Teresa Leal Coelho disse, entretanto, à Lusa que também as audições do governador do Banco de Portugal (requerida pelo BE) e do presidente da comissão executiva do Fundo de Resolução (requerida pelo PCP) decorrerão à porta fechada.

“Foi do entendimento da COFMA que não iremos contribuir para qualquer perturbação do processo de venda [do Novo Banco] que é de relevante interesse nacional”, disse ainda a deputada, que apresentou a proposta para que “as audições fossem à porta fechada e com dever de sigilo para todos os participantes”.

Esta proposta, que foi discutida na semana passada, foi aprovada com os votos favoráveis do PSD e do PS e com os votos contra dos restantes grupos parlamentares.