O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior avançou ao Observador que ainda durante este mês de abril começarão a ser pagas as bolsas aos estudantes cujas candidaturas foram aceites para os programas Retomar — alunos até aos 30 anos sem trabalho e que desistiram dos estudos — e +Superior — alunos que optaram por ir estudar para instituições com menos procura.

Os 222 alunos com direito aos 1.200 euros de bolsa do Retomar e os 1.020 que continuam à espera dos 1.500 euros do Programa +Superior podem começar a respirar de alívio pois “a situação está resolvida e as bolsas começam a ser pagas neste mês de abril”, respondeu fonte oficial do Ministério de Manuel Heitor.

Há um mês o Observador noticiou o atraso no pagamento destas bolsas e a preocupação que o mesmo estava a levantar junto de estudantes e famílias. Nessa altura, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, sem avançar com nenhuma data para a resolução do problema, explicou apenas que tal se devia ao facto de estarem a aguardar “a abertura dos concursos para os fundos comunitários destinados a este objetivo”.

Os prazos-limite de pagamento destes apoios, definidos por lei, já há muito que se esgotaram e havia alunos com dificuldades para fazer face aos custos das propinas.

Programa Retomar vai sofrer alterações

Entretanto também já se ficou a saber, através de um despacho assinado pela secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernando Rollo, que o Programa Retomar será avaliado e, para já, as candidaturas para o próximo ano ficam suspensas.

“Face à pouca adesão registada, é manifesto que o programa não atingiu os objetivos inicialmente fixados, sendo imperioso garantir uma resposta mais bem-sucedida”, explica a governante, acrescentando que se encontra “em curso uma avaliação do programa a par do lançamento de medidas direcionadas para o desenvolvimento e o aprofundamento de competências digitais nos jovens em todas as regiões“.

“Neste contexto, passará a ser apoiado o regresso ao ensino superior a jovens que pretendam ingressar em ciclos de estudos direcionados para a formação nestas áreas, apoiando-se assim o esforço de digitalização de economia, a qualificação do tecido produtivo e a empregabilidade da população ativa.”

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