O Presidente da República considerou nesta sexta-feira que “a palavra a dar é de estabilidade financeira”, depois de questionado sobre o facto de o ministro das Finanças atribuir uma “falha grave” ao governador do Banco de Portugal.

“É importante para o país que haja estabilidade política, económica e financeira. Nesse sentido, a palavra a dar é de estabilidade financeira, estabilidade no funcionamento das instituições financeiras”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas.

Em declarações no final da cerimónia de entrega do Prémio Pessoa, na Culturgest, em Lisboa, o chefe de Estado voltou a defender que, “neste momento, as instituições estão a funcionar normalmente e, portanto, não vale a pena estar a especular sobre tudo aquilo que não seja o funcionamento normal das instituições, incluindo as financeiras”.

Numa entrevista à RTP, em Washington, transmitida hoje à noite, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, cometeu uma “falha de informação grave” na resolução do Banif ao omitir que tinha pedido ao Banco Central Europeu para limitar o financiamento daquela instituição financeira.

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“Nesse sentido, é uma falha grave, que nós reputamos de falha grave de transmissão de informação”, acrescentou Mário Centeno.

Antes destas declarações do ministro das Finanças serem conhecidas, o Presidente da República já tinha sido questionado pelos jornalistas sobre a situação do governador do Banco de Portugal, hoje ao final da tarde, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Nessa ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que se trata de “uma não matéria”, considerando que “as instituições estão a funcionar”.