O presidente do Conselho Económico Social, Luís Filipe Pereira, está há meses à espera de conhecer a decisão dos partidos sobre o seu cargo. O seu mandato terminou com a anterior legislatura e cabe agora ao Parlamento nomear o novo presidente, mas os partidos continuam sem definir o futuro e, apesar de admitir que o cenário político é “complexo”, também avisa que “os partidos políticos têm de tomar decisões mais rápidas”.

Luís Filipe Pereira continua sem esclarecer se está disponível para continuar no cargo, mas em entrevista ao Expresso, diz agora que pode não aceitar: “Reservo-me o direito de não aceitar. Porque sempre tive uma vida muito ativa e quero continuar a tê-la”. “Esta função é muito importante, sem dúvida, mas eu também tenho projetos meus. Logo verei se poderei compatibilizar, ou não. Vou pensar”.

O ex-ministro da Saúde foi escolhido para suceder a Silva Peneda, em maio de 2015, não acredita que no PSD e PS (os dois partidos que tem de se entender sobre esta nomeação que exige o acordo de dois terços dos deputados) “haja intenção de desconsideração”, pelo atrasos em chegarem a uma decisão e pelos sucessivos adiamentos do desfecho deste processo e afirma que “as condições políticas que o país vive implicam negociações que não são fáceis”.

A eleição do novo presidente já foi adiada por várias vezes no Parlamento, tendo ficado agendada para o dia 29 de abril.

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