O Presidente da Birmânia, Htin Kyaw, assinou uma amnistia para 83 presos, pelo dia de Ano Novo no país, anunciou, este domingo, o seu gabinete, sem especificar, porém, se o grupo inclui prisioneiros políticos.

“Os 83 prisioneiros vão ser libertados ao abrigo de uma amnistia (…), no primeiro dia do Ano Novo em Myanmar” (antiga Birmânia), refere o comunicado do Presidente, publicado este domingo no Facebook, em que se sublinha que o perdão visa “fazer as pessoas sentirem-se felizes” e promover “a reconciliação nacional durante o Ano Novo”.

Num discurso transmitido pela televisão, por ocasião do Ano Novo, Htin Kyaw realçou a determinação do seu governo em libertar prisioneiros políticos, que foram sistematicamente presos sob a liderança militar que estrangulou a liberdade de expressão no país durante décadas.

“Estamos a tentar colocar em liberdade prisioneiros políticos, ativistas políticos e estudantes que enfrentam julgamentos”, disse o Presidente no seu primeiro longo discurso público desde que tomou posse no final de março.

Segundo grupos de defesa dos direitos humanos, existem ainda centenas de ativistas presos ou a aguardar julgamento nas prisões do país.

Esta semana, a organização Human Rights Watch (HRW) saudou a recente libertação de cerca de 200 presos políticos e ativistas na Birmânia e pediu o mesmo para outras 121 pessoas sob detenção por motivos políticos ou de consciência.

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