Logo que foram conquistados os 342 votos necessários para fazer passar o pedido de destituição da Presidente do Brasil, ainda antes da final da votação, começaram ser lançados foguetes na capital do país.

Em vários pontos do Brasil, multidões festejam também nas ruas com bandeiras e faixas a dizer “tchau querida” e “Fora PT”, numa referência ao Partido dos Trabalhadores, da Presidente e do seu antecessor, Lula da Silva. Os meios de comunicação locais mostram, também, lágrimas entre os grupos apoiantes de Dilma Rousseff.

Antes, muitos milhares de brasileiros tinham assistido à votação na Câmara dos Deputados em ecrãs gigantes e num ambiente mais próximo do futebol, carnaval e samba que da gravidade política. Segundo o portal UOL, registam-se protestos no Distrito Federal de Brasília e em 25 dos 26 estados do Brasil, sendo as manifestações de São Paulo e do Rio de Janeiro as mais expressivas.

Em Brasília, a divisão da sociedade patente nas últimas semanas em protestos e nas redes sociais, foi materializada com a separação dos grupos pró e contra a impugnação de Dilma Rousseff por uma longa barreira na principal avenida da capital. A separação, conhecida como “muro do ‘impeachment’ (impugnação)”, tem sido ao longo dos últimos dias espaço para colocar mensagens variadas, incluindo apelos ao amor, e até serviu de rede em jogos de voleibol.

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O clima desportivo e de festa contou também com bandeiras e vuvuzelas, do lado dos que pediam a impugnação e vestiam de amarelo e verde (cores do Brasil), e com samba, entre os defensores da chefe de Estado, que traziam a cor vermelha, do Partido dos Trabalhadores (PT), da Presidente Dilma Rousseff e do seu antecessor, Lula da Silva. Estes últimos gritavam o slogan “Não vai haver golpe”

Tal como no futebol, não faltaram considerações sobre os deputados, com, por exemplo, os favoráveis à destituição da Presidente a receberem com gritos como “boliviano” ou “vai para Cuba” o anúncio de votos contra o pedido de impugnação.

O Observador compilou algumas das fotografias das celebrações que se viam na rua. Mas há também fotografias daqueles que desanimaram com o resultado final.