Mesquita Machado foi esta quarta-feira constituído arguido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Braga. O ex-presidente da Câmara Municipal de Braga é suspeito de ter praticado crimes de participação económica em negócio e de prevaricação. Mais especificamente, a Justiça acredita que o antigo autarca terá favorecido a filha e o genro numa expropriação imobiliária.

Além de Mesquita Machado, também o ex-vice-presidente da câmara Vítor Sousa e os ex-vereadores Hugo Pires e Palmira Maciel — atualmente deputados no Parlamento — estão envolvidos no processo.

Os factos ocorreram em maio de 2013, quando a autarquia aprovou a expropriação de três prédios próximos da Casa das Convertidas, um antigo convento de Braga. O objetivo da câmara era fazer nascer ali uma Pousada da Juventude. O processo foi anulado por Ricardo Rio, novo presidente do município.

Logo na altura surgiram críticas e suspeitas de que a filha e o genro de Mesquita Machado saíam beneficiados com esse processo, avaliado em cerca de três milhões de euros. É que o casal tinha duas hipotecas sobre esses terrenos, pelo que o dinheiro da expropriação iria parar aos bolsos de familiares de Mesquita Machado. Ambos acabaram por vender os seus direitos hipotecários uma semana antes da votação autárquica sobre o assunto.

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