A alemã BMW perdeu para uma startup chinesa um grupo de executivos que tinham funções-chave na equipa que lidera a desenvolvimento de carros elétricos como o i3 e o i8. Um desses executivos, Carsten Breitfeld, estava há 20 anos na BMW e saiu para se tornar presidente executivo da Future Mobility, uma empresa chinesa que quer concorrer com a Tesla Motors neste mercado. Agora, levou mais três funcionários consigo.

Além de Carsten Breitfeld, a BMW perde, de uma assentada, o responsável pelo design (Benoît Jacob) e mais dois engenheiros (Dirk Abendroth e Henrik Wenders). Segundo o The Wall Street Journal, estas saídas têm relação com a evolução das vendas dos modelos elétricos da BMW que, para alguns analistas, tem sido dececionante.

A BMW já abrandou o desenvolvimento de novos modelos, depois de ter lançado o citadino i3 e o desportivo futurista i8. O presidente executivo da empresa já adiantou que o terceiro modelo da série i não chegará antes de 2020.

Mas a BWW recusa a ideia de que esteja a ser incapaz de fazer concorrência à norte-americana Tesla Motors. No ano passado, o i3 vendeu 24.057 unidades do i3 e 5.456 unidades do i8 — um aumento global de 66% nas vendas desta divisão da BMW.

Os três executivos passam, assim, para a Future Mobility, uma startup que foi lançada graças aos capitais do conglomerado chinês Tencent Holdings. Segundo a Bloomberg, os três executivos vão trabalhar nas áreas do software, conectividade, design e marketing. A Future Mobility tem como objetivo “criar uma marca premium com raízes chinesas mas um alcance global”.

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