Os apoios prometidos pelo Ministério da Saúde aos médicos que fossem trabalhar para zonas mais carenciadas só cativaram 20 profissionais, noticia o Diário de Notícias. A fraca adesão era de esperar, afirmam os sindicatos.

Os incentivos consistiam em: mais mil euros no ordenado durante seis meses (valor que vai reduzindo, mas que em cinco anos corresponde a 21 mil euros), mais dois dias de férias por cada um dos cinco anos de contrato e ajuda na colocação do filho na escola. Em contrapartida, os médicos tinham de ficar no mesmo local durante cinco anos.

As especialidades procuradas em 2015 eram cardiologia, cirurgia-geral, ginecologia/obstetrícia, medicina interna, ortopedia, pediatria, psiquiatria e urologia. E nas zonas carenciadas incluía-se Alentejo (do litoral ao interior), Algarve, Abrantes, Bragança, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Guarda, Tomar, Torres Novas e Torres Vedras.

A lista de especialidades e hospitais carenciados para este ano ainda “se encontra em preparação”, refere a Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS). “As negociações com os sindicatos estão a decorrer e ainda não existe data limite para a sua conclusão. E deverão incluir não apenas aspetos financeiros, como de outra ordem – por exemplo progressões diferenciadas na carreira -, que ainda estão por definir”, afirma o Ministério da Saúde ao DN.

Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), acrescenta novas propostas a estes incentivos: “Temos sugerido criar condições para investigação, mais dias de férias, incentivos à formação e na participação de congressos, a ideia de se contratarem equipas para criar projetos.”

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