Os austríacos são chamados hoje a escolher um novo Presidente para o país, que vai suceder ao social-democrata Heinz Fischer e pode, pela primeira vez, não ser apoiado por um dos partidos tradicionais da Áustria.

Segundo as sondagens, nenhum dos seis candidatos ao cargo deverá reunir votos suficientes para ganhar logo na primeira volta e é possível que não passem à segunda ronda os nomes indicados pelos dois partidos tradicionais: o ex-ministro social-democrata (SPO) Rudolf Hundstorfer e o antigo presidente do parlamento Andreas Khol, conservador do OVP. As sondagens dão-lhes 15 e 11 por cento das intenções de voto, respetivamente.

Os favoritos para passarem à segunda volta são o antigo líder dos Verdes, Alexander Van der Bellen, e o candidato do partido da extrema-direita FPO, Norbert Hofer. Segundo o site da Deutsche Welle, Van der Bellen e Hofen aparecem nas sondagens com 24% de votos cada. Pouco atrás, aparece Irmgard Griss, antiga presidente do Supremo Tribunal austríaco, com 22% — se acabar por vencer as eleições, será a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da Áustria.

Apesar de o cargo de Presidente, na Áustria, não ter poder executivo, se se confirmarem estes resultados, serão um alerta para a coligão SPO/OVP que governa o país e que tem mandato até 2018.

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O SPO e OVP controlam a presidência do país desde a Segunda Guerra Mundial.

O Presidente da Áustria é eleito para um mandato de seis anos e não participa na governação do país. É porém o chefe das forças armadas e pode dissolver o parlamento em determinadas circunstâncias, à semelhança do que acontece em Portugal.

Os seis candidatos que se apresentaram a esta eleição são um recorde na Áustria.