A morte do músico congolês Papa Wemba foi confirmada este domingo, depois ter perdido os sentidos em pleno palco, num concerto no sábado à noite em Abidjan, Costa do Marfim. Papa Wemba tinha 66 anos e era conhecido como “o rei da rumba congolesa”.

Um vídeo do concerto mostra como o músico caiu durante o concerto, enquanto os bailarinos no palco continuaram a dançar, sem se aperceberam do sucedido.

https://www.youtube.com/watch?v=1B4t6CZe6DE

Papa Wemba, cujo nome verdadeiro era Jules Shungu Webadio, era uma figura incontornável do género musical soukous, também conhecido como rumba rock. Começou a sua carreira em 1969. Em 2004, foi condenado a três meses de prisão em França por ter participado num esquema de imigração ilegal, onde migrantes entravam no país fazendo-se passar por membros da banda de Papa Wemba.

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Conhecido como o “rei da rumba congolesa”, Papa Wemba combinava os ritmos da rumba congolesa, muito popular nas décadas de 40 e 50, com os sons da música eletrónica, o que lhe conferia maior notabilidade além-fronteiras. Papa Wemba era igualmente o criador, e o “papa”, do movimento SAPE – que é como quem diz, sociedade do bom gosto e das pessoas elegantes -, um movimento criado nos finais dos anos 70 que espalhou pela diáspora congolesa em todo o mundo um estilo de vestir e de viver mais extravagante.

No Twitter, vários artistas, embaixadores e governantes reagem à morte de mais um nome da música.

“Se nunca dançou ao som da sua música então é porque nunca viveu”, escreve o embaixador norte-americano na África do Sul

Ministro da Cultura de África do Sul lamenta morte de Papa Wemba, um símbolo da “identidade africana”.

Rapper francês Passi agradece a Papa Wemba pela herança que deixa na música.