A fusão do Banco Millennium Angola (BMA) com o Banco Privado Atlântico (BPA) foi oficializada em escritura pública, comunicou hoje o Banco Comercial Português (BCP) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Na sequência do comunicado no passado dia 08 de outubro de 2015, o Banco Comercial Português, S.A. informa que foi outorgada a escritura de fusão do Banco Millennium Angola, S.A. com o Banco Privado Atlântico, S.A.”, refere hoje o Banco Comercial Português novo comunicado, publicado no portal da CMVM.

Com esta fusão, autorizada pelo Banco Nacional de Angola e pelo Governo angolano, nasce o novo Banco Millennium Atlântico, uma das maiores instituições bancárias de Angola.

A operação de fusão entre o BMA e o BPA foi anunciada pelas duas instituições a 08 de outubro de 2015, devendo o novo banco ser cotado numa bolsa africana no período de três anos, conforme divulgado na altura.

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O Banco Comercial Português, que detém 51% do Banco Millennium Angola, fica com uma participação de 20% no novo banco.

O projeto de fusão estava a ser preparado desde maio, tendo sido aprovado pelos principais acionistas do BCP e do BPA.

O memorando de entendimento com o maior acionista do Banco Privado Atlântico, a Global Pactum – Gestão de Ativos, foi assinado em outubro e a fusão vai criar a segunda maior instituição privada em crédito à economia angolana, com uma quota de mercado aproximada de 10% em volume de negócios.

As sinergias de custos resultantes desta fusão estão estimadas em 20 milhões de euros por ano.

O BCP lançou o BMA em 2006 e, no final de 2007, abriu o seu capital à petrolífera angolana Sonangol e ao BPA, que controlam 49% da entidade.

As ações do BCP seguiam, às 09:01 em Lisboa, a subir 0,99% para 0,04 euros.