Na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, Pedro Marques disse que o ministério concluiu o trabalho preparatório e está em condições para avançar com a redução das portagens para promover a mobilidade no interior, intenção que tinha manifestado desde o início do mandato.

Esta medida vai abranger as antigas Scut do Interior, mas também a Via do Infante no Algarve (a A22), por não existirem, segundo o governante, alternativas. Estas foram precisamente as concessão sem custos para o utilizador que o governo de Sócrates isentou de portagens na primeira fase de introdução da cobrança em 2010. O rendimento mais baixo e a falta de vias alternativas, foram os argumentos invocados. Há contudo uma exceção.

“Contudo, tivemos uma surpresa negativa: a renegociação da A23 [entre Torres Novas e a Guarda], realizada pelo governo anterior, passou as receitas de portagem para o concessionário e o Estado tem agora que iniciar uma renegociação com o concessionário. Estamos amarrados”, declarou, admitindo “porventura custos associados” a uma nova alteração do contrato da concessão da Beira Interior. Ainda assim, Pedro Marques acredita que no verão as portagens no interior já terão uma nova tabela de preços. Aos jornalistas, o governante não quis adiantar a dimensão dos descontos.

Pedro Marques reafirmou hoje no parlamento que o governo de Passos Coelho não deixou estudos concluídos sobre a revisão das portagens no sentido de fazer uma discriminação positiva para as vias situadas em áreas mais deprimidas economicamente, uma medida que foi publicamente defendida pela coligação PSD/CDS, mas nunca aplicada.

No dia 20 de abril, o Jornal de Notícias noticiou que o Governo ia anunciar “até ao próximo verão descontos generalizados nas ex-scut do interior do país”.

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