As condições de avaliação dos futuros administradores do Banco de Portugal, Elisa Ferreira e Luís Máximo dos Santos, foram hoje aprovadas na Comissão das Finanças, faltando apenas marcar as datas das suas audições.

Teresa Leal Coelho, deputada do PSD que preside a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), destacou hoje que ambos “terão que ser ouvidos” e propôs a realização de “audições individualizadas para a avaliação do perfil dos candidatos” e a elaboração de relatórios descritivos autónomos.

Ambas as propostas foram aceites por todos os grupos parlamentares que integram a COFMA, tendo ficado também decidido que o relatório de Elisa Ferreira vai ser feito pelo PSD e o relatório de Máximo dos Santos pelo PS.

“As audições serão oportunamente aprovadas”, disse Teresa Leal Coelho, sublinhando que esta comissão parlamentar tem várias audições que já se deviam ter realizado.

Cabe ao Governo, através do Ministério das Finanças, a responsabilidade de nomear os administradores do Banco de Portugal, que tem que ser aprovada em Conselho de Ministros e na Assembleia da República.

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No dia 13 de abril, a imprensa noticiou que Elisa Ferreira vai para vice-governadora do Banco de Portugal e que Máximo dos Santos, atualmente presidente do ‘banco mau’ BES, vai também integrar a administração do regulador e supervisor bancário.

Segundo a lei orgânica do Banco de Portugal, o Conselho de Administração do regulador e supervisor bancário é composto pelo governador, por um ou dois vice-governadores e por três a cinco administradores.

Atualmente, e de depois da renúncia em março de António Varela ao cargo de administrador em desacordo com a política da instituição, o Conselho de Administração do Banco de Portugal é constituído pelo governador Carlos Costa, auxiliado pelos vice-governadores Pedro Duarte Neves e José Berberan Ramalho.

Como administradores há apenas dois e são João Amaral Tomaz e Hélder Rosalino.