A Procuradora-Geral da República de Portugal enalteceu esta quarta-feira, em Luanda, a boa colaboração existente entre as procuradorias portuguesa e angolana, que tem tido frutos importantes, designadamente na formação de magistrados no aprofundamento da cooperação judiciária internacional.

Joana Marques Vidal, que se encontra em Luanda a convite do seu homólogo angolano, João Maria de Sousa, para as comemorações do 37.º aniversário da Procuradoria-Geral angolana, falava aos jornalistas à margem da assinatura esta quarta-feira de um Memorando de Entendimento para a formação e troca de delegações dos respetivos ministérios Público.

A magistrada portuguesa disse que há todo interesse de ambas as partes em continuar a aprofundar a cooperação judiciária internacional e a estudar temas de direito atuais importantes para ambas instituições.

“Estamos a falar da luta contra o branqueamento de capitais, do direito dos consumidores e do papel do MP neste papel, o aprofundamento da cooperação judiciária, na aplicação das convenções internacionais já assinadas no âmbito da cooperação judiciária portuguesa”, enumerou Joana Marques Vidal.

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Acrescentou que os encontros frequentes entre os Procuradores têm sido muito profícuos, porque o relacionamento pessoal facilita muito a cooperação.

“As relações entre as duas procuradorias são relações de colaboração institucional, de boa colaboração, como aliás é visível pelo facto de eu estar cá e pelo facto de o Procurador-Geral da República de Angola me ter convidado e principalmente como é visível pelos documentos que assinamos e pela colaboração que tem existido entre os dois ministérios Públicos”, frisou.

Joana Marques Vidal recusou-se a responder as insistentes perguntas dos jornalistas sobre processos judiciais em Portugal que envolvem dirigentes angolanos, justificando que os Procuradores-Gerais da Republicam estão “obrigados ao dever de reserva e não podem falar sobre os processos concretos existentes”.