A Musikki recebeu 900 mil euros de investimento da Portugal Ventures e lançou o Exclusiph, uma ferramenta pioneira na gestão e distribuição de imagens para a indústria da música, que está a ser utilizada por quatro editoras independentes: duas portuguesas (Turbina e Murmúrio) e duas internacionais (4AD, responsável por editar bandas como os The National ou Beirut, e a Secretly Group).

A Musikki é uma startup portuguesa e começou por ser uma aplicação para o consumidor. Ficou conhecida por ser uma espécie de “IMDB da música”, mas evoluiu para um interface que fornece dados, conteúdos e informações necessárias para outras empresas da indústria.

“O objetivo do interface de música da Musikki é o de fornecer tudo exceto a própria música. E, foi durante a nossa procura para desenvolver a solução ideal para criar novas aplicações de música, que identificámos a necessidade de acesso a fotos oficiais e com grande qualidade”, explica João Afonso.

Com o Exclusiph, João Afonso quer “revolucionar verdadeiramente a promoção da música”. As imagens relacionadas com artistas e bandas ficam disponíveis para as empresas, no mesmo interface, permitindo a sua atualização potencialmente em todos os serviços de música, numa questão de segundos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Como funciona? É submetido um ficheiro de alta resolução, por exemplo TIFF, na plataforma. E o Exclusiph gera automaticamente a imagem para impressão ou download digital. Os créditos da música, metadados de música e conteúdos relacionados, como comunicados de imprensa, ligações de vídeos e de áudio, podem ser adicionados aos ficheiros de imagem.

A Musikki está a negociar o novo serviço com mais mais editoras independentes e o objetivo é que o Exclusiph funcione além da música: em indústrias como a do cinema, moda e desporto, também dependentes de sistemas de gestão e distribuição de imagens.

“Temos grandes expectativas para a Musikki. Este tipo de plataforma dedicada à indústria musical, atualizada em tempo real e nascida globalmente é o tipo de startup em que queremos investir para promover o ecossistema das startups portuguesas. Com o novo serviço, acreditamos que a Musikki será um agitador e um fator de mudança na indústria musical”, afirmou Marco Fernandes, presidente da Portugal Ventures, em comunicado.

A startup liderada por João Afonso está a negociar uma ronda de investimento série A com investidores empresariais e institucionais com o objetivo de entrar noutros mercados. Com escritórios em Londres, Porto e Aveiro, a Musikki venceu, em 2012, a Building Global Innovators Venture, uma competição coorganizada pela instituição norte-americana MIT, tendo recebido um prémio de 200 mil euros. Noutras duas rondas de investimento, lideradas pela Intercapital e Smart Equity, a Musikki recebeu 500 mil euros.