A CP, Comboios de Portugal, agravou os prejuízos para 278,4 milhões de euros em 2015, face às perdas de 159,9 milhões de euros registadas em 2014, divulgou esta sexta-feira a empresa.

A CP atribui este agravamento à “ausência de indemnizações compensatórias (menos 18 milhões de euros), do reconhecimento de responsabilidades com o pessoal, relativas a anos anteriores, no valor de 27 milhões de euros, e da assunção contabilística do acordo de venda direta de referência da CP Carga (menos 85 milhões de euros), concretizada em janeiro de 2016”.

No ano passado, a empresa atingiu “um valor recorde de proveitos de tráfego”, ultrapassando os 220 milhões de euros, mais seis milhões de euros do que no ano anterior, “consolidando assim um ciclo de crescimento sustentado que se prolonga há mais de dois anos”, refere o comunicado da CP.

Os gastos operacionais reduziram-se em 7%, com especial relevo para as poupanças com a energia e com a infraestrutura.

Estes resultados permitiram, de acordo com a transportadora, que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) se mantivesse positivo em 3,8 milhões de euros, apesar da ausência, pela primeira vez, de atribuição de indemnizações compensatórias.

Já o resultado financeiro registou uma melhoria de 95,8 milhões de euros, em função da redução da dívida financeira da empresa em 15%, consequência do apoio do Estado para o financiamento do serviço da dívida e dos investimentos e da descida generalizada das taxas de juro, salienta a empresa.

Para 2016, o presidente da empresa, Manuel Queiró, perspetiva “a continuação do crescimento real de passageiros e proveitos, sustentados pelo potencial da gestão de uma rede integrada de serviços, pelo crescimento da economia nacional e em particular da atividade turística e também pela inevitável necessidade de desenvolvimento do transporte público, designadamente, o reforço do modo ferroviário, consolidando assim a trajetória de sustentabilidade”.

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