Os cenários já conhecemos: são as famílias sem casa, os terrenos secos que perderam a fertilidade, a pobreza em alguns sorrisos. Quando a economia dos Estados Unidos colapsou e arrastou os cidadãos norte-americano para a maior crise económica do século XX, alguns fotógrafos percorreram o país para eternizar os rostos da carência. São muitas as imagens icónicas que nos ficaram desses tempos. Mas tantas outras estão furadas com um buraco negro. Porquê?

Dorothea Lange, Walker Evans, Arthur Rothstein e Gordon Parks foram alguns dos profissionais que deram a conhecer ao mundo as dificuldades de quem vivia nos meios rurais norte-americanos durante a Grande Depressão. O seu trabalho de documentar a crise económica no país foi gerido por Roy Stryker, diretor do programa de documentação fotográfica da “Farm Security Administration”, uma organização jornalística dedicada a combater a crise agrícola da época.

Roy Stryker era um economista perfeccionista. Colocava nas mãos dos fotógrafos e jornalistas toda a informação possível para que o trabalho da Farm Security Administration fosse exímio. Mas isso também significava que não tinha pudor em “matar” as imagens. Quando não gostava das fotografias enviadas pelos jornalistas, Stryker furava os negativos. O resultado são imagens como as 49 que fomos buscar à Biblioteca do Congresso para as mostrar na fotogaleria.

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