Uma foto de Adolf Eichman a cores, à espera do julgamento na prisão de Ramle, em Israel, é um dos pontos altos da nova aposta do governo israelita para promover a memória do Holocausto. Eichman ocupa, aliás, um lugar de destaque na nova página lançada pelo gabinete de imprensa do executivo de Israel, conta o El Mundo.

Eichman foi detido em maio de 1960, em Buenos Aires, onde vivia clandestino como Ricardo Klement. Na segunda-feira, conta o El Mundo, o jornal israelita Yediot Ajaronot publicou a fotografia e deu-lhe o título “A cor do mal”. Eichman, condenado há mais de 50 anos, continua a viver na memória coletiva dos israelitas. Há três meses foi publicada uma carta do alemão, onde este dizia ter sido apenas “um instrumento” da máquina nazi. Agora, é a vez da fotografia a cores.

Adolf Eichman

O que mais desassossegou quem o capturou foi a sua faceta humana. “O mais inquietante é que não era um monstro, mas sim um ser humano”, disse Peter Zvi Malkin, um dos sete membros da Mossad responsáveis pela investida na Argentina, uma ação secreta que arriscou uma crise diplomática entre os dois países.

A homenagem às vítimas dos crimes em massa por parte dos nazis prossegue nos próximos dias. Na quarta-feira, seis sobreviventes do Holocausto irão acender seis tochas em memória dos seis milhões de judeus assassinados. As tochas iluminarão o Museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém.

A nova página do gabinete da imprensa israelita funciona quase como um museu online, com milhares de fotografias disponibilizadas para quem quer ver e não esquecer.

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