Segundo as estatísticas dos Serviços da Alfândega da China, publicadas no portal do Fórum Macau, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa totalizaram 16,72 mil milhões de dólares (14,56 mil milhões de euros) entre janeiro e março.

Pequim comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 10,88 mil milhões de dólares (9,47 mil milhões de euros) — menos 2,10% — e vendeu produtos no valor de 5,84 mil milhões de dólares (5,08 mil milhões de euros) — menos 44,95% comparativamente aos primeiros três meses de 2015.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 11,60 mil milhões de dólares (10,10 mil milhões de euros), valor que traduz uma queda de 19,30% em termos anuais homólogos.

As exportações da China para o Brasil atingiram 4,24 mil milhões de dólares (3,69 mil milhões de euros), traduzindo uma diminuição de 47,27%, enquanto as importações chinesas totalizaram 7,53 mil milhões de dólares (6,56 mil milhões de euros), refletindo, em sentido inverso, uma subida de 16,28%.

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Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 39,37%, para 3,44 mil milhões de dólares (2,99 mil milhões de euros).

Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 345 milhões de dólares (300,6 milhões de euros) — menos 75,36% face ao primeiro trimestre de 2015 — e comprou mercadorias avaliadas em 3,10 mil milhões de dólares (2,70 milhões de euros), ou seja, menos 27,58%.

Com Portugal, terceiro parceiro da China no universo lusófono, o comércio bilateral ascendeu a 1,23 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) — mais 17,94% –, numa balança comercial favorável a Pequim, que vendeu a Lisboa bens na ordem de 940,8 milhões de dólares (819,7 milhões de euros) — mais 38,01% — e comprou produtos avaliados em 296,3 milhões de dólares (258,1 milhões de euros), menos 19,30%.

Em 2015, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,73%, atingindo 98,47 mil milhões de dólares (90,60 mil milhões de euros ao câmbio da altura), a primeira queda desde 2009.

Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.

A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.

A próxima conferência ministerial — que será a quinta desde 2003 — realizar-se-á este ano, mas ainda não há data marcada.