O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos – SITAVA entregou, esta quarta-feira, um novo pré-aviso de greve dos trabalhadores de ‘handling’ da Portway e da Groundforce, endurecendo assim a luta laboral contra a precariedade e o despedimento coletivo.

A intenção de paralisação dos trabalhadores das empresas responsáveis pela assistência nos aeroportos foi anunciada no mesmo dia em que o setor do ‘handling’ da Portway cumpria uma greve, entre as 5h00 e as 17h00, e a SPdH/Groundforce entre as 10h00 e as 15h00.

“A greve em ambas as empresas vai ser das 5h00 às 17h00 no dia 19 [de maio] mas na Portway, que começou hoje uma greve, vai prolongar-se até esse dia”, explicou à Lusa o sindicalista do SITAVA Fernando Henriques.

Os trabalhadores da Portway vão, assim, estar mais de duas semanas em greve, naquele horário, enquanto os da Groundforce só voltam a participar nessa forma de luta dia 19.

Hoje, na manifestação dos trabalhadores de ambas as empresas junto ao aeroporto de Lisboa, o sindicalista Fernando Henriques fez um apelo: “Dia 19 [de maio] vamos concentrar-nos à porta do Governo, é o repto que vos deixo, porque não vamos permitir que o Governo se faça de morto” neste processo de despedimento coletivo dos trabalhadores responsáveis pelos serviços de apoio às aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correio.

A Portway anunciou, em março, que vai avançar com o despedimento coletivo de 257 trabalhadores, na sequência do fim da prestação de serviços de ‘handling’ (assistência nos aeroportos) à companhia aérea Ryanair em Faro, Lisboa e Porto.

A 27 de abril, o presidente do Conselho de Administração da Portway disse que a empresa de ‘handling’ (assistência nos aeroportos) espera readmitir os trabalhadores afetados pelo despedimento coletivo dentro de quatro a cinco anos quando recuperar os atuais níveis de atividade.

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