Todas queremos parecer mais novas — é esta a grande filosofia que move o universo da beleza. Tentamos copiar as rotinas loucas das Coreanas e trazemos para a Europa todas as novidades da Ásia. Se os BB Cream são a última bolacha do pacote, todas os vamos usar. Mas se os CC Cream e os DD Cream é que são o último grito, continuamos a embelezar-nos pelo abecedário fora. A premissa é sempre a mesma: quanto mais multifuncionais, mais apetecíveis os produtos se tornam. E isto também se aplica à maquilhagem.

Se a utilizamos dia após dia, faz todo o sentido procurar produtos que, além de maquilhar, proporcionem outros benefícios: anti-idade, anti-manchas, proteção solar e anti-rugas. E se isso tudo existir em bases, pós, corretores, batons e sombras, por que não? Se acha que (ainda) é muito nova para se preocupar com isto — tic, tac, tic, tac — todos os dias a sua pele está a envelhecer. A partir dos 20 anos, tem de pensar em prevenção — produtos que potenciem a hidratação e a proteção solar. Maquilhagem incluída.

Por outro lado, acreditar que a maquilhagem faz mal à pele, ou que envelhece, é uma ideia errada e todas estas fórmulas com ingredientes extra só o vêm provar. Imagine a sua pele da mesma forma que imagina o seu corpo. Quantas mais camadas de roupa vestir, mais quente e protegida vai ficar do frio, certo? A maquilhagem acaba por servir o mesmo propósito: ao ser aplicada por camadas, está a criar proteções extra contra a poluição e os radicais livres.

O que saber antes de escolher maquilhagem anti-idade

Além de saber escolher os produtos certos, é preciso compreender as dosagens e o tempo de duração. E nunca substituir os seus cosméticos por maquilhagem com o mesmo propósito. A revista Americana Good Housekeeping explica de forma simples:

  • Os ingredientes anti-idade precisam de estar concentrados em determinadas dosagens para terem efeitos prolongados. No caso da vitamina C, por exemplo, falamos de uma concentração de 5 a 10 por cento e, no caso do retinol, pelo menos 0,1 por cento. Uma forma de perceber se o produto que está a comprar faz realmente o efeito a que se propõe, é ler as concentrações de ingredientes na embalagem — sim, nas letras minúsculas.
  • As fórmulas cremosas vão ter mais efeito que as fórmulas em pó. E está tudo relacionado com a forma como os ingredientes se conseguem misturar na maquilhagem. Grandes concentrações de ingredientes não se fundem facilmente nos pós porque vão fazer com que as partículas se colem umas às outras.
  • Nem mesmo a base mais potente poderá substituir um protetor solar ou um hidratante com FPS porque os filtros de proteção não vão permanecer estáveis pela mesma quantidade de tempo na maquilhagem. E, falando de forma prática, vão sempre haver falhas. Uma dupla camada (hidratante com proteção solar + maquilhagem com proteção solar) garante uma proteção efetiva.
  • É difícil saber se os ingredientes anti-idade se mantêm estáveis assim que são expostos à luz solar. O retinol é um dos ingredientes mais populares encontrado nas bases e nos corretores mas, ao mesmo tempo, pode fazer a pele sensível à luz solar. Dessa forma, deixar de usar o seu creme de noite com retinol porque descobriu uma base (mais barata) que diz ter retinol, é um erro porque sem proteção solar, o retinol vai fazer mais mal que bem.

Na fotogaleria, em cima, encontra alguns produtos de maquilhagem anti-idade que funcionam como um bónus para a pele. Pense neles como o Robin dos seus cosméticos (que são o Batman). Produtos que, quando combinados, combatem mais eficazmente o crime: agressões externas, radicais livres, poluição, radiação solar ou desidratação.

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