A Bosch espera ultrapassar os 1.000 milhões de euros em vendas no mercado português este ano, reforçando a sua posição de exportadora nacional, disse à Lusa Carlos Ribas, representante do grupo em Portugal. No ano passado, as vendas totais da Bosch em Portugal subiram 15%, face ao ano anterior, para 933 milhões de euros.

“Os resultados da fábrica de Aveiro e da fábrica de Ovar, de uma maneira geral, têm sido positivos e em crescimento”, apontou Carlos Ribas, adiantando que a unidade de Braga passou por uma mudança de portefólio de produtos e agora a “tendência é de forte crescimento”.

“As perspetivas que temos são de forte crescimento nos próximos anos”, sublinhou o representante do grupo alemão em Portugal, acrescentando que perspetiva “para 2016 ultrapassar os 1.000 milhões de euros, que é um valor bastante interessante, já somos, mas passaremos a ser ainda mais um dos fortes exportadores nacionais”, sublinhou o gestor.

Mais de 90% da produção da Bosch em Portugal é para exportação. O maior cliente é a Alemanha, seguindo-se Espanha, França, Itália e Norte de África. No caso do Norte de África, adiantou, são exportados produtos das fábricas de Aveiro e Ovar, “que estão a começar a ter uma implantação muito forte em África”.

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No final do ano passado, a empresa contava com 3.600 colaboradores. Em 2015, a Bosch criou cerca de 250 postos de trabalho altamente qualificados na área da engenharia.

“Estamos a crescer a nível de portefólio de produtos e temos uma forte contribuição da parte das equipas de desenvolvimento, investigação e inovação, principalmente nas fábricas de Braga e Aveiro”, disse Carlos Ribas.

No caso da unidade de Ovar, o responsável adiantou que esta também está a crescer “bastante” na área de desenvolvimento”. “As perspetivas são bastante positivas de crescimento, de criação de emprego e, acima de tudo, na criação de conhecimento, que é aquilo que vai garantir emprego no futuro”, considerou o gestor.

“Portugal é para a Bosch um parceiro estratégico”, salientou, referindo que o grupo pretende “crescer muito mais nas áreas de criação de conhecimento e de desenvolvimento”, do que nas áreas de manufatura, embora estas também estejam em crescimento.

A Bosch Braga tem uma parceria com a Universidade do Minho que prevê lançar no mercado, nos próximos dois anos e meio, 22 patentes.

Carlos Ribas disse ainda esperar que a fábrica de Braga tenha “um crescimento muito substancial”, a de Aveiro vai registar uma “estabilidade no valor das vendas”, sendo que em 2015 atingiu um valor recorde, e a de Ovar “vai continuar a crescer”.

Em 2015, o grupo investiu 35 milhões de euros no mercado português, tendo como foco os centros de investigação e desenvolvimento (I&D) em Aveiro e Braga, e a expansão das três unidades de produção da empresa no país.

Em meados deste ano, a Bosch vai inaugurar um segundo edifício de I&D em Aveiro, onde serão desenvolvidas tecnologias para casas mais sustentáveis e dirigidas, essencialmente, para a conectividade, a eficiência energética e a redução das emissões.