“Correu muito melhor do que o esperado” o encontro dos ministros das Finanças da zona euro em que foi discutido o terceiro programa de resgate na Grécia, que nos últimos meses caiu num impasse. A análise foi de um dos ministros que participaram na reunião, o eslovaco Peter Kazimir, que deu conta dos progressos através da rede social Twitter. Minutos mais tarde, responsáveis da cúpula de Bruxelas aplaudiram os novos planos orçamentais gregos e indicaram que pode haver um acordo ao nível técnico “nos próximos dias” — incluindo sobre as medidas de contingência, vulgo Plano B, que o governo tem de aceitar desde já. Até já se discutiu medidas de alívio da dívida grega.
Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, foi o primeiro a confirmar oficialmente os progressos obtidos entre os ministros das Finanças.
#Eurogroup welcomes the policy package. Staff level agreement 2 be finalised in coming days, including the contingency mechanism #Greece 1/2
— Valdis Dombrovskis (@VDombrovskis) May 9, 2016
Num segundo tweet, o responsável indicou que os técnicos envolvidos nestes trabalhos irão preparar um relatório sobre medidas de alívio da dívida pública grega. Esse relatório, que incluirá medidas de curto, médio e longo prazo, será entregue a 24 de maio.
#Greece debt: short, medium and long term debt measures to be discussed. EWG to report back to 24 May #Eurogroup 2/2
— Valdis Dombrovskis (@VDombrovskis) May 9, 2016
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e o Comissário Europeu Pierre Moscovici deram mais alguns detalhes sobre os progressos obtidos esta segunda-feira. Dijsselbloem confirmou que a apresentação das medidas aprovadas domingo no Parlamento de Atenas “abrem caminho para concluir a primeira avaliação” do programa de ajustamento. O responsável notou que as medidas de contingência serão “automáticas” e admitiu que “houve discussão” sobre medidas de alívio da dívida pública, nomeadamente períodos de carência mais longos.
Com estes passos e com o acordo técnico que se espera para os próximos “dias”, Dijsselbloem está convencido que estão criadas condições para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) também participe financeiramente no programa grego — (até agora, neste terceiro resgate, apenas têm participados como consultores externos).
Já o francês Pierre Moscovici sublinhou os “progressos importantes” para resolver o impasse grego e destacou, também, que as medidas de contingência na Grécia serão legisladas à cabeça.