O pai acusado de matar a filha de seis meses em Linda-a-Velha foi esta quarta-feira condenado à pena máxima de prisão efetiva. Em abril de 2015, a criança foi esfaqueada pelo pai, que chegou a assumir a autoria do crime pouco depois. O homem, na altura com 30 anos, chegou a telefonar à mulher e mãe da menina para avisar que iria cometer o crime.

O bebé ainda foi assistido no local por peritos de emergência médica do Hospital São Francisco Xavier, de Lisboa, mas, segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), acabou por morrer ali. Quando a polícia chegou ao local do crime encontrou o homem com “as mãos ensanguentadas”, informações congruentes com as dadas pela vizinhança. De acordo com um cliente do café próximo do apartamento onde o crime ocorreu, o homem entrou no estabelecimento, fez uma chamada e ameaçou matar quem contasse que ele tinha estado lá.

O pai da criança procedeu ao crime depois de a mulher ter ameaçado divorciar-se quando descobriu que o homem mantinha o consumo excessivo de álcool. Além de ter sido condenado por homicídio, o homem foi ainda acusado de explosão e incêndio e profanação de cadáver. Não foi considerado culpado do crime de tráfico de droga.

A decisão foi proferida por um tribunal de júri, composto por quatro cidadãos previamente selecionados e que havia sido requerido pela defesa, e também pelo coletivo de três juízes. O Ministério Público havia pedido uma pena de prisão não inferior a 20 anos e o advogado da assistente, mãe do bebé, a pena máxima. A defesa do arguido reclamou a sua inocência e já comunicou hoje que vai recorrer da decisão.

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