A Comissão Europeia considerou esta terça-feira, durante um debate no Parlamento Europeu, que conceder o estatuto de economia de mercado à China seria uma escolha “insustentável” na situação atual.
Esta opção “implicaria um custo enorme em termos de perda de emprego na UE [União Europeia]” porque frente a “desequilíbrios” da economia chinesa, a UE “não seria capaz de atribuir a proteção necessária caso se verifiquem práticas comerciais desleais”, declarou o comissário europeu para a Saúde e Segurança Alimentar Vytenis Andriukaitis.
“Mesmo se não estivéssemos perante uma situação de excesso de capacidade [de produção] atualmente, uma escolha dessas seria insustentável”, acrescentou.
A alternativa poderia passar pela concessão parcial do estatuto, com exceções em setores particularmente ameaçados, estratégia adotada pelos Estados Unidos.
A China entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001, como economia não mercantil, e ficou estabelecido que se reavaliasse esse estatuto 15 anos depois, em 2016.
O executivo europeu quer tomar uma decisão sobre o estatuto da China até ao verão deste ano, mas uma mudança poderia resultar numa forte diminuição das taxas aduaneiros, o que tem inquietado várias indústrias europeias, nomeadamente, no setor do aço.
O debate desta terça-feira, no Parlamento Europeu, tornou-se numa tomada de posição quase unânime dos deputados contra a prática do “dumping” da China no referido setor.